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OBSERVATÓRIO

“O debate é não moderado, mas não significa caótico” - Análise da Segunda Sessão do CDH da AMUN

Por: Felipe Reis e Rebeca Fonseca


O segundo dia de debates no Conselho de Direitos Humanos iniciou-se dentro de uma atmosfera de urgência, visto que as duas primeiras sessões consistiram em trocas de farpas entre as presentes delegações. Durante todo o alvoroço no decorrer da sessão o a delegação do Catar iniciou com o primeiro discurso, em uma fala onde solicitava a finalização do documento e após isso, cedeu seu tempo à Rússia, que informou a todos que já iniciará o processo de finalização do documento. A delegação da China pediu aos delegados para analisarem os documentos, e, reforçou que pronunciamentos feitos contra o país no primeiro dia não passavam de falácias, voltando a negar que existiria escravidão no país, usando argumentos repleto de inverdades, só consigo pensar em uma coisas meus leitores, e a SHEIN?…


A pedido das delegações e estabelecido por meio de votação, o debate a grega foi iniciado e junto com ele, percebemos que algumas das delegações faziam declarações um tanto quanto excitantes, a exemplo da delegação do Catar, que pediu para que a delegação francesa tornasse a falar acerca da guerra na Ucrânia e que responsabiliza a  Rússia, visto que o Catar desejava expor seu posicionamento quanto ao conflito, mas não poderia iniciar essa discussão, já que não a compromete diretamente.  Muitas delegações se mantiveram em silêncio e permaneceram apenas como ouvintes, a exemplo da Polônia. A delegação mexicana também se manteve em silêncio, bom, pelo menos até o momento em que se dirigiu para uma conversa com o delegado russo, onde fez um pedido um tanto quanto, inusitado,  imagina querer que a Rússia “vigie os EUA via satélite?” Definitivamente alguns deles querem ver o fogo no parquinho. 

O caos se instaurou por alguns minutos e devido a ele fomos agraciados com o comentário mais que pertinente da  delegação do Myanmar, que não errou ao dizer: “O debate é não moderado, mas não significa caótico”.  Frase essa que definitivamente não agradou algumas das delegações,  que não estavam esperando por essa alfinetada, entretanto,  as delegações conseguiram, pelo menos uma vez, entrar em consenso, e aprovaram sua primeira resolução com sucesso. Finalmente, em?

  Após uma breve pausa, das discussões subsequentes, os delegados foram  interrompidos por notícias urgentes: 3 crises de caráter sanitário, com pautas interligadas entre si chegaram para receber o tratamento do CDH. E, por incrível que pareça, França, Reino Unido e Polônia, os verdadeiros afetados pelas mesmas, por muitos momentos não demonstraram ser  os mais preocupados em encontrar uma medida para resolução. A Polônia, para variar, simplesmente não se pronunciou, sequer entrou em debates relevantes, seria isso um descaso com a situação de seu país? Entretanto, ainda houveram diversas discussões sobre como lidar com as crises, e entre elas, surgiu o plano de restringir a movimentação de europeus que saem da Europa, e, conforme novas informações foram liberadas, obteve-se a ciência de que toda a situação aconteceu por negligência dos estados, e a delegada do Kuwait se revoltou durante a discussão de como a crise poderia ser evitada, já que muitos dos países se beneficiariam com a situação e  mais uma vez iriam se esquecer dos que realmente sofrem, e, deste modo, se iniciou  uma nova discussão, que resultou em uma desorganização na sessão.


Eventualmente, as coisas se acalmaram, e, após algum tempo perdido, as negociações se resumiram com o Brasil tentando assegurar que os países do Sul Global não se sentissem deixados de lado, sugerindo que colocassem suas preocupações com os países no foco desta crise - a Polônia, França e o Reino Unido - no documento. Após isso, o debate a grega acabou, e com poucos minutos restantes até o encerramento da sessão, a Filipinas resolve confrontar  a França, questionando um discurso anterior na qual a mesma diz que os países europeus têm um grande cuidado com suas populações, algo que, também pontuado pela delegação filipina, é bastante irônico, considerando o desenvolvimento da crise.


Mesmo com todos os ocorridos, as delegações conseguiram aprovar um documento para a resolução da crise, e, apesar de terem conseguido essa vitória, será que ainda haverá tempo neste último dia para a resolução de todos os problemas restantes…?



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