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Foto do escritorNURI

Israel frente a um possível ataque ao Irã


As instalações nucleares de Teerã, que já se tornou “obsessão” do primeiro ministro Israelense Benyamin Netanyahou, são mais uma vez apontadas e criticadas por figuras politicas, representantes do exército e serviços secretos israelenses. Este manifesta seu desejo de atacar as ditas instalações.


O que antes era rapidamente comentado ou deixado aberto para debate – a posição do Primeiro ministro – é agora alvo de críticas e, consequentemente, atrai a perda de apoio de atores do Estado Israelense. Pessoas como o chefe do Estado-maior do exército – Benny Gantz – e Yuval Diskin, antigo diretor dos serviços secretos israelenses não escondem suas desconfianças em relação a governantes que se baseiam em decisões e sentimentos “ messiânicos”, que poderiam afogar o país num conflito regional.

O ex-primeiro ministro Israelense Ehud Olmert foi o último a verbalizar suas diferenças de opinião às do atual chefe de Estado, considerando o uso da força contra o Irã como último recurso e, em qualquer caso, deveria se tratar de um ataque multilateral, coordenado com a comunidade internacional. Olmert aproveitou sua presença num fórum judeu nos Estados Unidos para apontar suas dúvidas a Netanyahu e sua vontade de chegar a um acordo com dirigentes Palestinos.

Netanyahu e Ehud Barak, Ministro de Defesa Israelense, embandeiram o campo desses que pensam que o Irã está a um passo de obter armamento nuclear e, quando este objetivo for alcançado, a destruição do Estado judeu sera sua primeira meta. Teerã por sua parte, defende sua posição de pesquisa com fins pacíficos, mais uma vez apontada no último encontro do P5+1 (membros permanentes do Conselhos de Segurança da ONU + Alemanha), que tinha por objetivo a resolução de conflitos sobre o projeto nuclear iraniano. Esclarecimentos foram dados pelo governo iraniano em relação a estas pesquisas e, em geral o encontro – segundo depoimentos de diversos diplomatas e membros do conselho – foi até hoje o mais produtivo. Enquanto a Comunidade Internacional prefere adotar sanções diplomáticas, econômicas contra o Irã, parte do Estado de Israel pensa que não há tempo a perder.


Netanyahu está sendo grandemente criticado depois de ter claramente exposto sua opinião sobre o governo iraniano, dizendo: “Qualquer pessoa que não considere a ameaça iraniana como verdadeira, não aprendeu nada com o Holocausto […]Hoje o regime iraniano pede e atua abertamente e com fervor a favor da destruição do nosso Estado”, comparando o regime nazista ao regime dos Ayatolás.

É claro que o antigo chefe do Mossad já tinha manifestado seu ceticismo frente a uma possível intervenção militar no Irã, porém nas últimas semanas essa possibilidade se transformou em um alude sem precedentes e com pouca possibilidades de recair.

Também constata-se afirmações do lado israelense, de que o presidente Palestino Mahmoudd Abbas não seja culpado pela atual situação das negociações entre Israel e Palestina, pelo contrário, Diskin, antigo diretor dos serviço secreto afirma: “Se não estamos falando com os palestinos é porque o Governo não tem interesse nas negociações [de paz]”. Acrescentou: “Esse primeiro ministro sabe que o menor avanço poderia fazer que seu Governo e coligação desmoronassem”. Suas palavras cobrem relevância já que este era encarregado de todas as informações em relação a questão palestina.

As críticas feitas a Netanyahu, desde as filas do exército e dosserviço secreto, coincidem com os numerosos rumores provenientes dos corredores da Knesset, parlamento Israelense, que apontam um possível adiantamento na data de eleição, inicialmente prevista para outubro de 2013, que seria adiantada para o próximo verão. Nessas eleições, Netanyahu pretende consolidar sua liderança, confirmada nas últimas sondagens. Revalidando sua posição nas urnas, Netanyhu poderia tomar decisões de grande importância, como um possível ataque ao Irã, explicam vários analistas.

 

Fonte: El pais / Haaretz.


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