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Foto do escritorNURI

Bandeira do Reino Unido a meio mastro


A primeira parte do semestre inicial do ano de 2013 já trouxe diversasbaixas no cenário político internacional: A renúncia do Papa Bento XVI, a morte de Hugo Chávez e, na última segunda-feira (08/04), a morte da ex-primeira-ministra britânica, Margareth Thatcher.

A cidadã Margaret Roberts, nasceu em Lincolshire, Inglaterra em 1925. Sua origem não era nobre, mas desde cedo teve a veia política implantada em si por seu pai, Alfred Roberts, muito participativo na política. A inteligência da inglesa era notada desde cedo em suas notas excelentes e representatividade dos alunos. Conseguiu uma bolsa na renomada universidade de Oxford para estudar química, onde se tornou membro da Associação Conservadora.

Após se juntar à Associação Conservadora de Essex e, a partir de um contato de Oxford, foi apresentada ao partido conservador, que após se admirar com a jovem, a aprovou no partido. Foi no jantar de comemoração desse feito, que Margaret conheceu seu marido, Denis Thatcher, um empresário rico e divorciado. Denis foi quem financiou os estudos posteriores de direito da esposa, após perder as eleições gerais de 1950 e 1951. Em 1953, ela se tornou mãe de gêmeos.


É importante lembrar um aspecto que muitos esquecem quando se trata de perfis políticos e que condicionam a vida profissional de todos: suas características pessoais. Margaret Thatcher não era diferente da maioria das pessoas: era cidadã, mulher, esposa e mãe, assim como tantas outras. Embora se arquitetasse como uma profissional política impassiva, seus temores e suas desconfianças driblavam sob aquela máscara a que se apresentava ao público.

Depois de decepções eleitorais, obteve uma cadeira conservadora no parlamento em 1959. Sua primeira ação foi exigir que as reuniões de Conselho fossem abertas ao publico. Dois anos mais tarde, passou a ser a Secretária de Estado do Ministério de Pensões e Seguro Social, tornando-se, depois, a porta-voz sobre Terra e Habitação e, em seguida, se tornou responsável pelas finanças do governo. Nessa ultima instância, começou a se opor aos trabalhistas, contra a política de preços obrigatórios e controles de renda, defendendo que os trabalhistas não queriam um governo socialista, mas sim comunista.

Em 1970, Thatcher foi nomeada Ministra da Educação e começou, logo que em posse, a cortar gastos públicos. Atraiu a mídia quando, no sistema de ensino público, cortou o leite das crianças, voltando parcialmente atrás logo em seguida.

Sobre seu apelido mais conhecido, “A Dama de Ferro”, engana-se quem pensa que Margaret o odiava. Isso significava que sua imparcialidade, seu pulso e seu caráter decisivo tinham sido declarados mundialmente. De fato, esse apelido foi, supostamente, dado pelo jornal do Ministério da Defesa Soviético, após sua declaração contra a URSS, em que dizia que os russos estavam tentando dominar o mundo e que estavam adquirindo meios para isso rapidamente.

Quando a economia estava melhor, Callaghan, primeiro-ministro decidiu que não haveria eleições gerais, por volta de 1978, e Thatcher bradou rapidamente contra essa decisão. Mas uma série de greves dos trabalhadores criou o “Inverno do Descontentamento”: válvula de ataque dos conservadores ao regime estabelecido. Dando, após a queda de Callaghan, em 1979, o cargo de primeira-ministra britânica a Margaret Thatcher.

Houve uma discussão, durante o mandato da primeira-ministra, de que ela e a rainha Elizabeth II discordavam de diversos aspectos da política. Ambas, entretanto, negaram isso publicamente.


Assim como grandes líderes, Thatcher sempre dividiu a opinião publica nacional e internacional. Sob seu governo houve um grande avanço para o Reino Unido no que toca à redução da inflação do país e à cotação da moeda nacional. Entretanto, o setor nacional a “Era Thatcher” criou a ideia de não concorrência, diminuindo a produção da poderosa indústria britânica, causando desempregos e quebras comerciais.

Sua visão liberal declarou-se no momento em que elaborou seu plano de recuperação econômica onde o Estado interviria o mínimo possível na economia, além de privatizar várias empresas estatais. O desemprego, os altos preços e a retirada de benefícios populares, causaram grande descontentamento.

Sua participação mais notável, na política internacional talvez tenha sido sobre suas decisões acerca das Ilhas Falklands/ Malvinas (Artigo 2012 ). Seu pulso sobre o assunto foi bem visto pela população que teve seu espírito nacional renovado, dando a Thatcher uma nova vitória no parlamento.

Seu governo nos anos seguintes continuou a receber duras criticas, sofrendo inclusive um atentado. Suas políticas austeras prejudicavam a numerosa população inglesa que se voltou contra o parlamento e sua líder. Thatcher tinha que deixar sua posição. Quando saiu da Câmara dos Comuns, foi levada a Câmara dos Lordes e se tornou baronesa.


Por volta dos seus 75 anos, Margaret Thatcher começou a demonstrar sinais de esquecimento e confusão. Daí em diante, parou de falar em público e se recolheu. Em 2011, teve sua história pessoal e publica interpretada, brilhantemente, por Meryl Streep, vencedora de um Oscar por sua interpretação. Apareceu, no ano passado, na comemoração do seu aniversário, com seu filho em um restaurante londrino.

Sua morte, aos 87 anos, traz a tona como Margaret Thatcher deve ser lembrada, não somente como uma figura política importante, mas como um exemplo de intelectualidade, pulso, força e coragem capazes de transformar não só sua própria realidade como a de uma nação.

"Se quer que algo seja dito, peça a um homem. Se quer que algo seja feito, peça a uma mulher."

Margareth Thatcher (13 de outubro de 1925 – 8 de abril de 2013)


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