Para entendermos a atual conjuntura econômica mundial e seus reflexos na sociedade, se faz necessária uma leitura histórica do desenvolvimento da Economia. Geralmente os livros de Economia tradicionais, os conhecidos manuais, nos trazem a evolução da Ciência Econômica, com todos os seus jargões e teorias ou o desenrolar da história da organização econômica do homem do ponto de vista de um historiador.
Que tal, então, um livro que seja ao mesmo tempo uma abordagem histórica e econômica dos modos de produção no mundo? É o que Leo Huberman, jornalista e escritor marxista norte-americano, propôs ao escrever A História da Riqueza do Homem.
Sua obra, com pouco mais de 300 páginas, a mais famosa dentre tantas outras por ele escritas, é uma descrição dos modos de produção, a partir do feudalismo em diante experimentados pela sociedade.
O livro tem início com uma análise da sociedade feudal, passando pelo mercantilismo, capitalismo e socialismo. Para tanto, destrincha o que levou ao apogeu e declínio dos diversos sistemas, através de uma análise crítica e de fácil compreensão.
Pelo fato de ser jornalista, e não economista, o autor escreveu a obra com uma quantidade menor de termos da Ciência Econômica, apesar de versar também a respeito dos principais clássicos da Economia e seus reflexos para a organização econômica da época em que foram desenvolvidos.
Como marxista, reservou boa parte do livro à análise do capitalismo sob a ótica marxista, havendo também boa quantidade de páginas destinadas ao entendimento do comunismo soviético.
Para todos que estudam Relações Internacionais, Economia, História e outras áreas das Ciências Humanas afins, e para aqueles que têm interesse na compreensão deste tema, A História da Riqueza do Homem é leitura obrigatória e uma obra de consulta constante, pela enorme quantidade de dados, citações de documentos primários de pesquisa e pela facilidade com que o autor desenvolve a temática.