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PYONGYANG: BOMBAS ATÔMICAS, SANÇÕES ECONOMICAS E AMEAÇA À ATUAL ÓTICA DE PODER NORTE-AMERICANO.



As armas nucleares consistem em dispositivos com enorme poder de destruição em massa, representando um grande avanço tecnológico adquirido, mas ao mesmo tempo, um perigo que alcança proporções globais. Há, por conta disso, um intenso debate na comunidade internacional atualmente sobre a questão que envolve o uso das armas nucleares pelo regime norte coreano, comandado por Kim Jong-Un. A questão gira em torno, principalmente, dos objetivos para com os quais o herdeiro da família Kim planeja fazer uso de tais armamentos. A Coréia do Norte é vista como um regime que poda certas liberdades consideradas fundamentais para os seres humanos, exercendo mais facilmente seu poderio sobre seus cidadãos e consequentemente, criando barreiras para um diálogo entre Estados. Para a comunidade internacional, é praticamente impossível conhecer de fato quais são as necessidades e interesses reais da população norte-coreana, de forma que as sanções geradas em punição às praticas nucleares desse regime são empobrecidas por sua falta de aplicabilidade (devido, principalmente, à não adesão de países como a China que possui um comercio intenso com a Coreia do Norte) e, dessa forma, não surgem real efeito. “Do petróleo ao marisco, das armas aos artigos de luxo”, as punições são diversas, mas nenhuma atingiu firmemente o regime.

Entretanto, é preciso analisar o atual paradigma de maneira consciente, pois não se debate apenas sobre um país que detém armas nucleares e afirma estar pronto para utiliza-las. A questão que envolve Pyongyang vai muito além desta superfície. Trata-se, também, de uma revelação nova de poder e soberania e de certa forma, um desafio à estrutura de poder vigente e sua cristalização usufruída apenas por uma parcela dos países. Trata-se de um levante radical que busca uma mudança de ordem nas relações internacionais entre os Estados em questão.

É preciso analisar fatos como o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares (TNP), o qual foi denunciado pela Coréia do Norte, indicando-o como forma de violação dos princípios de soberania. É fato conhecido que países como Estados Unidos, Rússia e França possuem também armas nucleares e assinaram o TNP. Estes, contudo, argumentam a necessidade do uso da força para contenção de Pyongyang, alegando um discurso de irracionalidade por parte de seu soberano, Kim Jong-Un. E este é apenas um dos muitos exemplos de como “as regras do jogo” funcionam apenas para uns e não para outros.

O congelamento de poder que foi comumente exercido por Estados do Ocidente parece não mais satisfazer com o discurso repetido e repassado durante todas essas décadas. Discurso esse que prevê uma autonomia ilimitada para os países dominantes em questão, enquanto para outros, muito pouco ou nada, de maneira que só lhes resta a submissão.

É importante ressaltar, também, a extrema necessidade da constante fiscalização quanto às notícias com relação à Coréia do Norte, de maneira que, como membros da comunidade internacional, não menosprezemos ou nos enganemos quanto à esta problemática.

Referências:

BRASIL. Decreto n.º 588/76 , de 1 de Julho de 1968. Tratado de não Proliferação das Armas Nucleares, assinado em Londres, Moscovo e Washington, artigo único.

LIY, M.V. Do petróleo ao marisco: conheça as sanções da ONU que não detiveram a Coreia do Norte, El País, Pequim. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/12/internacional/1505223905_411268.html>. Acesso em: 13/09/2017.

ALTARES, G. Coreia do Norte: razões para ter medo. El País, Madri. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/07/internacional/1504806422_205307.html.>Acesso em: 13/09/2017.


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