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Aula Nobre “É preciso salvar os direitos humanos”



“Os Direitos Humanos que tiveram um papel tão positivo foi entrando em uma linha decrescente a ponto que eu pude sentir”, com esta frase o Diplomata e Embaixador José Augusto Lindgren-Alves abriu sua Aula Nobre no dia 19 de março na Universidade Jorge Amado que também foi transmitida ao vivo na plataforma virtual YouTube.

José Augusto cujo objetivo foi relatar e tornar compreensível o atual rejeitamento aos Direitos Humanos iniciou a palestra apresentando a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma vez que, foi e é utilizada como instrumento jurídico no processo de independência de países em desenvolvimento, fazendo comparação a atual eficiência dos Direitos Humanos.

O palestrante questionou de maneira crítica o posicionamento dos norte-americanos ao afirmarem que os Direitos Humanos são uma criação ocidental, pois é de grande importância que os Direitos Humanos sejam considerados universais para sua legitimidade e efetividade no mundo contemporâneo, porém para ele o que fomenta a atual descredibilidade dos Direitos Humanos é o fundamentalismo político por parte tanto da esquerda que de acordo com ele vem usando de maneira demasiada a militância social em situações incoerentes e consequentemente relativizam movimentos como igualdade de gênero, igualdade social , racial entre outras lutas; tanto por parte da direita que aproveita desta situação para deturpar o significado do “politicamente correto” e crescer em quantidade eleitoral o que consequentemente coloca em risco o futuro dos Direitos Humanos no Brasil e no mundo.

As considerações feitas pelo palestrante acerca da relatividade dos movimentos sociais relacionados a igualdade de gênero e racial, causaram certo desconforto a uma parte da plateia, por acreditarem que na sua condição de privilegio o Embaixador não teria legitimidade para relativizar a importância desses movimentos, principalmente sendo estes movimentos representantes de uma parcela da população que mais sofre com as agressões aos Direitos Humanos, considerando que segundo o Atlas da Violência(2017), a população negra e jovem estão entre o maior número de vítimas da violência urbana no Brasil e em termos de feminicídio ocupamos o 5° lugar dentre 83 países.

José Augusto em detrimento do tempo não se aprofundado em uma ideia específica, porém foi claro em seus argumentos; a recorrente alusão à acontecimentos históricos do Congresso de Viena e até mesmo aos parágrafos da cláusula da Declaração Universal dos Direitos Humanos dificultou a linearidade da palestra, contudo não impediu a assimilação das suas ideias centrais.


Por: Isadora Silva Melo, membro do Observatório Internacional e Político do Núcleo de Relações Internacionais, UNIJORGE



Data: 21/03/2018




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