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OBSERVATÓRIO

Análise 03/11 - Primeira sessão AGNU

Por: Cecília Diniz e Júlia Assis, analistas internacionais

Hoje, a nossa querida Amado Model United Nations começou. Conhecida como a antiga SINU, a simulação das Nações Unidas do Centro Universitário Jorge Amado é a simulação mais antiga de Salvador, que vem ganhando alguns outros exemplares em escolas e, até mesmo, outras universidades. A AMUN foi dividida em 3 dias, e hoje, quinta-feira, dia 03/11/2022, foi o nosso primeiro e pode-se dizer que foi relativamente apimentado, mas não tanto quanto o esperado, se me permitem dizer.


O fogo no parquinho começou cedo, principalmente com os discursos dos Estados Unidos da América - que logo no início atacou a Rússia por não seguir com a paz e pela guerra contra a Ucrânia -, a Rússia - que respondeu os ataques dos Estados Unidos lembrando-os de seus histórico imperialista e de financiamento de guerras, no mundo todo, mas principalmente, no Oriente Médio -, a China - que tentou atirar na Rússia, mas acertou nos EUA - e Israel - que se mostrou nada pacífico e abertamente em guerra contra o antissemitismo e qualquer um que quisesse ser bombardeado ou hackeado -.


Logo após os discursos de abertura, os Estados Unidos pediram direito de resposta e responderam à provocação (que não era provocação) da China, que, obviamente, não ficou calada. Após ter se alterado um pouco com os EUA, a China ainda foi acusada de ofensa direta ao delegado da nação mais potente do mundo, o que deixou a nossa Assembléia Geral pegando fogo, daquele jeito que nós, imprensa, gostamos.


Ao longo da AGNU, mais algumas farpas entre o trio parada dura - Estados Unidos da América, China e Rússia - aconteceram, mas nada que realmente valha citar na nossa análise. Porém, algo que não devemos deixar de fora foi a chegada triunfante e inesperada da delegada de Portugal, que chegou para a briga com paus e pedras e não deixou nenhuma nação sem respostas, nem mesmo os EUA, o que é engraçado, já que Portugal costuma ser um país contido. Além disso, não podemos deixar passar que, apesar de ter se mostrado a favor da democracia, liberdade e contra a violência na América Latina, o país é um dos principais responsáveis dessa infâme violência e subdesenvolvimento no continente, visto que foi um colonizador, juntamente com a Espanha e a Inglaterra.


Outra coisa possível perceber nos momentos da fala da senhora delegada foi o quanto a mesma apoia a digníssima União Europeia, dando a entender que a mesma faz muito por todos os países - já haviam doado dinheiro ao Congo e pareciam não querer mais fazer esse papel -, assim como muitas vezes ouvimos de todas as outras nações europeias. Infelizmente, os nossos outros delegados protagonizaram poucas coisas, como a Suécia, a Espanha, o Egito e a Dinamarca, que só estavam lá marcando presença mesmo. Foi até possível sentir um certo medo ou receio das outras delegações, que ficavam aos sussurros entre si, sem nenhuma ação, nem mesmo na hora da resolução de uma crise. Apesar disso, esperamos melhores desempenhos dessas nações nos dias que se seguem, pois conflitos em uma simulação da ONU nunca é demais.


Algo necessário para ser citado foi a missão de paz vista na Assembléia trazida por TODOS os países, sem exceção, até mesmo aqueles que nunca esperávamos que fizessem acordos ou dessem as mãos - cof, cof Rússia e Ucrânia -, algo que, cá entre nós, não queremos ver. Queríamos ações mais reais e conflitos mais diretos. Alô, nós deem pano para manga, por favor?


Assim, já perto do fim - tanto desta análise, quanto da assembleia - a nossa delegação favorita (e a de todo o resto da AGNU), a Rússia, se mostrou extremamente intolerante aos ataques - para variar, né? - e, após ter defendido que sua guerra contra a Ucrânia irá continuar, pois ela tem como princípio a liberdade (é tentativa da retomada imperialista que se fala?), disse que não concordava com interferência nas investigações (uma ideia trazidas pelos outros delegados) e que, se caso achasse necessário, partiria para uma guerra nuclear com qualquer um. I didn't see that coming!!


E assim, terminamos essa análise do nosso primeiro dia da Assembléia Geral da Amado Model United Nations (AMUN) e esperamos vê-los lá novamente amanhã. Assim como todos os leitores, essa escritora espera que o circo pegue fogo, para que possamos ter uma análise ainda maior e melhor no dia seguinte, afinal, quem não gosta de uma fofoca internacional, não é mesmo?


Às delegações, um beijo internacionalista e espero ver seus espíritos barraqueiros prontinhos amanhã. Bye, bye! <3


Para ficar na memória:


  1. Na sessão da AGNU de hoje só deu EUA, Rússia e China. Os EUA respondiam a China, que respondiam a Rússia, que respondiam os EUA, e no final ninguém respondia a ninguém.

  2. A delegação da Rússia chegou a dizer que o país iria bombardear quem fosse de encontro à resolução do dia. Aparentemente foi esquecido o propósito inicial da Agenda deste Assembleia Geral: promoção da segurança internacional.

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