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Análise 19/09 - C-34: Diplomacia e Crises em Meio ao Conflito dos Bálcãs e Acusações Internacionais - AMUN 2025

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    nuriascom
  • 19 de set.
  • 2 min de leitura

Por: Daví Franca, Iasmin Cardoso, Mariana Santos e Vitória Rios

O segundo dia de debates do Comitê Especial sobre Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas (C-34) na AMUN 2025 começou com discursos intensos e posicionamentos contrastantes sobre o conflito na Bósnia e a responsabilidade internacional. A delegação dos Países Baixos fez uma fala dramática e cheia de emoção, enquanto a Alemanha reafirmou sua posição sobre a não-intervenção da OTAN na região. O Irã destacou a importância das nações muçulmanas na resolução do conflito, enquanto a Rússia defendeu o papel central da ONU em garantir a soberania do território iugoslavo e sua esfera regional. A delegação iugoslava rejeitou o uso do termo "genocídio" para descrever o massacre e enfatizou a integridade territorial dos Bálcãs.

O primeiro debate não-moderado foi marcado por intensas trocas de acusações. A Alemanha, os EUA e Bangladesh criticaram a posição da China, que se opunha à resolução do documento devido à possibilidade de intervenção militar da OTAN. Por outro lado, a China, Irã e Rússia formaram uma aliança para garantir que a soberania das nações da região fosse respeitada e se opuseram ao envolvimento ocidental no conflito.

Após muitas discussões acaloradas, um consenso foi alcançado, com a mediação do Irã, que sugeriu que a intervenção militar da OTAN fosse considerada apenas como último recurso, caso outras opções falhassem. Em seguida, diversas delegações, como a Alemanha e Albânia, reafirmaram que a responsabilidade pelo massacre deveria ser atribuída às milícias sérvias e não ao governo da Iugoslávia, o que foi reforçado pela delegação iugoslava com a apresentação de um mapa histórico.

No entanto, o debate se desviou novamente da agenda quando a Croácia se alinhou com a Rússia, China e Irã, acusando o imperialismo americano e alertando para os riscos de uma intervenção externa. A Bósnia, por sua vez, insistiu que o documento só seria aceito caso os responsáveis pelo genocídio fossem identificados corretamente. Bangladesh interveio para destacar que o massacre foi perpetrado por milícias e não pelas forças armadas iugoslavas, e sugeriu uma resolução mais abrangente e inclusiva.

Durante a discussão moderada, a Albânia fez uma fala ousada, apontando a culpa da ONU no massacre, enquanto a China reforçou seu posicionamento de que não havia um único responsável pelo conflito, defendendo a "cooperação, verdade e respeito à soberania".

A situação escalou ainda mais com o surgimento de uma crise diplomática: alegou-se que a China havia sequestrado dados bósnios, o que gerou um tumulto no comitê, com acusações mútuas e a interrupção do debate. Rumores começaram a circular de que os EUA e o governo albanês haviam forjado documentos para desestabilizar a situação diplomática do comitê, o que causou ainda mais descontrole entre os delegados. No entanto, tanto os EUA quanto a Albânia negaram qualquer envolvimento, classificando as acusações como calúnias.

Apesar da troca de farpas e da perda de decoro, o comitê finalmente conseguiu superar a crise, com as delegações conseguindo restabelecer o equilíbrio e focar em soluções diplomáticas. O comitê, então, retomou as discussões sobre a responsabilidade no conflito, e gradualmente, as tensões foram atenuadas, com uma resolução de consenso sendo alcançada no final da sessão.

 
 
 

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