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Análise 19/09 - Desafios e Avanços: A Jornada da Crise no SPECPOL e o Caminho para a Cooperação Global - AMUN 2025

  • Foto do escritor: nuriascom
    nuriascom
  • 19 de set.
  • 3 min de leitura

Por: Lorena Gama, Maria Rita Souza, Marceli do Carmo, Lorena Gama e Nicole Almeida


A terceira sessão do SPECPOL teve início com uma atmosfera de incerteza, com apenas metade das delegações presentes e sem avanços concretos na resolução da crise iniciada no dia anterior. A falta de organização e a fragilidade nas parcerias entre as delegações ficaram evidentes, com muitas delegações mais preocupadas em se destacar do que em buscar soluções práticas. A delegação do Irã, por exemplo, destacou que o verdadeiro desafio estava na falta de uma colaboração eficaz entre os países, o que atrasou a conclusão das discussões sobre a primeira agenda, que só foram finalizadas no segundo dia.

Após um começo frustrante, uma nova crise surgiria, agora envolvendo os comitês CSNU e OMC, o que complicaria ainda mais o cenário já instável. Sem a utilização de meios digitais, a questão sobre a capacidade das delegações de resolver o impasse sem ferramentas tecnológicas tornou-se ainda mais relevante.

Em meio ao impasse, uma proposta de cooperação intercontinental emergiu com o apoio do Reino Unido, México, Moçambique, Nigéria e Haiti. A ideia de formar um bloco composto por organizações já estabelecidas, como a União Europeia, a União Africana e a OEA, parecia promissora, simbolizando um esforço coletivo para integrar Estados de diferentes contextos e regiões. No entanto, surgiram questionamentos sobre a eficácia dessa iniciativa, especialmente considerando as diferenças políticas e econômicas significativas entre os países proponentes.

Enquanto algumas delegações, como a da Palestina, ainda enfrentavam desafios em termos de representação e engajamento, outras, como a Nigéria, Congo e Reino Unido, lidavam com dificuldades internas, com apenas um delegado se envolvendo ativamente nas discussões em cada uma dessas delegações. Em contrapartida, países como Reino Unido e Haiti se destacaram por seu protagonismo, trazendo questões-chave à tona e influenciando o rumo dos debates.

Em uma entrevista exclusiva ao The New York Times, a delegação da Autoridade Palestina comentou sobre sua limitada participação no debate, atribuindo sua posição de fragilidade no Sistema Internacional como um fator-chave. Sobre a possibilidade de formar alianças com países mais vulneráveis, mas mais ativos nas discussões, como o Haiti, os representantes palestinos explicaram que sua falta de influência e capacidade de formar parcerias foi um obstáculo. A delegação também sugeriu que o Haiti buscava se aproximar de países do Norte Global, como Israel, o que, na visão palestina, enfraquecia a união entre os países do Sul Global.

Em resposta, o delegado israelense declarou aos analistas do The New York Times que Israel se via como uma potência tecnológica hegemônica, disposta a compartilhar seus conhecimentos com o Sul Global. No entanto, ele expressou frustração, alegando que os Estados do Sul estavam “direcionando todo o debate para eles” e acrescentou que as potências globais estavam sendo tratadas como inimigas.

Surpreendentemente, a crise atingiu um desfecho positivo. Após uma série de debates diplomáticos intensos, as resoluções foram finalmente aprovadas por todos os comitês envolvidos. Esse resultado contrastou com o clima de desorganização e incerteza dos primeiros dias, mostrando que, apesar das dificuldades, foi possível encontrar uma solução viável para as questões urgentes.

Na quarta sessão, o ambiente foi marcado por discursos incisivos de delegados que clamavam por uma resolução definitiva. O representante do Haiti, por exemplo, trouxe uma reflexão fundamental: “independência política não é independência tecnológica”, destacando a importância da autonomia no campo da inovação e tecnologia.

Ao final da sessão, as delegações finalmente se mobilizaram para resolver os tópicos da agenda. Com a aprovação de um pedido de debate não moderado e a participação ativa de países até então mais isolados, como a Argentina, as discussões se intensificaram. A possível parceria entre Moçambique e Irã também ganhou destaque, o que sugeria um fortalecimento das alianças entre nações com interesses comuns. O foco estava em concretizar as propostas discutidas de forma rápida e concisa antes da última sessão, em um esforço coletivo para resolver as pendências de uma forma que atendesse a todos os interesses envolvidos.

 
 
 

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