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Foto do escritorGessy Lima

Diplomacia e Intriga: A Busca por Soluções Climáticas e os Bastidores de uma Crise Nuclear (Análise DISEC - Primeiro Dia)

Atualizado: 20 de set.

Nesta quinta-feira, 19 de setembro, iniciou-se a 3ª edição da Amado Model United Nations - AMUN -, simulação das Nações Unidas organizada e dirigida pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão em Relações Internacionais e pelos estudantes de Relações Internacionais do Centro Universitário Jorge Amado, que abrange a participação de alunos de outras instituições de Salvador. 


Na primeira sessão do Comitê de Desarmamento e Segurança Internacional (DISEC) que neste ano discute a temática sobre o papel do Estado e da cooperação internacional na mitigação da crise climática, nos dias 19 e 20 setembro. A sessão começa oficialmente com discursos evidenciando a importância da temática e como fomentar soluções para que possa resolver o revés. 


Nesta primeira sessão do comitê, a primeira delegação a ter a honra de falar foi o senhor delegado da Alemanha que com um discurso sereno demonstrou preocupação com o futuro incerto das nações caso não saíssem com uma resolução para as questões em pauta. No entanto, ao decorrer da sessão a delegação alemã ficou apagada dos debates. Nesse ínterim dos discursos iniciais, a delegação da Índia ressaltou de forma direta que a maior parte dos problemas climáticos, tanto do seu país, quanto o do mundo é por conta dos países imperialistas e dos processos de colonização e que hoje alguns desses países procuram uma resolução sem mostrar uma retratação.


Além disso, também tivemos a delegação do Brasil que convidou a todos os países presentes a refletirem sobre as ações passadas das nações colonialistas  e ressalta que os Estados devem entrar em colaboração para se retratar historicamente. 


Após o período dos discursos iniciais houve as declarações das nações para a resolução dos tópicos da agenda, em meio aos debates houve a troca de bilhetes diplomáticos entre Estados Unidos e Israel, no entanto o conteúdo dos recados até agora é uma incógnita. Entretanto a atenção de todas as delegações foi roubada para a resolução da crise que pegou todos de surpresa, a qual se resumiu em descobrir o culpado pela poluição com resíduos nucleares no mar da Índia, resultante de testes de armas nucleares mal sucedidos, que estava afetando todo o ecossistema marítimo do país.


Durante a moção não moderada, a fim de resolver a crise, na procura pelos países que poderiam estar envolvidos nessa situação, as delegações que não foram vítimas de tal ataque, como Vietnã e Moçambique se destacaram como mediadores em meio ao caos que fora instaurado, já a China, se sobressaiu, pela  sua rápida resposta se disponibilizando, quase que de imediato, a fornecer matriz energética para a Índia, aparentemente ao decorrer da regulação de crise esse fornecimento se converteu na maior doação feita entre os Estados (90 milhões de dólares).


Após o mistério em relação a qual país cometeu poluições, foram finalmente revelados os atores por trás dessa tragédia. Irã e Paquistão. Após essa grande descoberta, as delegações da Índia e do Irã entraram em conflito, pois, a nação indiana estava querendo uma retratação formal em relação a sua população que morreu por conta dessa calamidade. No entanto, para a delegação iraniana não havia a veracidade das notícias ali apresentadas e que por conta disso não iria se retratar. Apesar das discordâncias, as nações conseguiram se unir para a resolução da crise. 


Com o fim da segunda sessão, que ocorreu de forma mais diplomática, as delegações foram encaminhadas para a conferência de imprensa. Na qual a delegação do Irã foi incessantemente questionada sobre o seu papel na contaminação da vida marinha indiana junto com o Paquistão, que rebateu a pergunta dizendo: “Quê? Cadê os relatórios? Quem fez essas pesquisas? Quem divulgou?” Outra vez repetindo seu posicionamento acerca da veracidade das notícias. 


Ademais, a delegação de Israel também foi abordada pelo Irã em como foi possível ajudar financeiramente a Índia durante a crise, visto que não possui estrutura para tal ato. Outrossim, foi questionado a transparência de Israel sobre o armamento nuclear, no entanto o senhor delegado de Israel evitou responder a pergunta.  


Aqui finalizamos o primeiro dia da AMUN sentindo falta do posicionamento das delegações da Noruega, Arabia Saudita, Tuvalu, Indonésia e Polônia (que mostrou-se muito mais interessado em comer amendoim do que na simulação em si). Esperamos uma participação mais ativa desses países, afinal se propuseram de livre e espontânea vontade a se fazer presente na referida simulação, porém somente o comparecimento não contribui para uma solução dos problemas apresentados na  Agenda.


Com os mais sinceros cumprimentos,


Assessoria de Comunicação - Analistas Internacionais

Por: Isabela Pitangueira, Iasmin Cardoso, Luísa Vasconcelos, Caroline Barbosa

Curadoria: Gésscia Lima e Victor Hugo Batista

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