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Foto do escritorGessy Lima

Tensões no Ártico: Diplomacia, Conflito e Terror (Análise SPECPOL - Primeiro Dia)

Delegados enfrentam dilemas sobre o futuro do Ártico em meio a tensões internacionais, enquanto debates acalorados no comitê SPECPOL da AMUN destacam a urgência de soluções para a crise ambiental e política na região.


Hoje, 19 de setembro de 2024, teve início a Amado Model United Nations (AMUN), uma simulação da ONU organizada pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão em Relações Internacionais da Unijorge. O evento, que terá dois dias de duração, começou com debates intensos e tensões no comitê SPECPOL, ou Comitê de Política Especial e Descolonização (Special Political and Decolonization Committee), que discute o tema "Perspectivas da Nova Geopolítica e o Derretimento do Ártico". O SPECPOL trata de questões relacionadas à descolonização, direitos humanos, questões políticas especiais e situações de conflito.


As discussões foram abertas com a chamada das nações participantes e os discursos iniciais. Tudo parecia correr bem até o Canadá tomar a palavra e criticar a Rússia por seu discurso considerado vazio em relação à proteção ambiental. Em seguida, a Coreia do Norte, sempre provocadora, questionou se o comitê traria soluções reais ou seria apenas mais uma reunião cheia de ataques e poucas resoluções. No entanto, apesar do tom provocativo, a delegação norte-coreana teve pouca participação nos debates que se seguiram.


A Rússia, por sua vez, tentou assumir o controle pedindo um debate não moderado, que rapidamente se transformou em um caos, com gritos e poucos argumentos consistentes, aumentando ainda mais as tensões. No final, a agenda russa foi aprovada, agradando boa parte dos países presentes.


Com a aprovação, os países começaram a apresentar suas propostas. O Japão sugeriu a criação de associações para fomentar o diálogo e a pesquisa sobre o Ártico. Já o Reino Unido e a Noruega adotaram uma postura mais neutra, defendendo que, em vez de novas organizações, seria melhor fortalecer as já existentes. A questão que ficou no ar foi como equilibrar a necessidade de inovação com a eficiência das estruturas atuais.


À medida que as discussões avançavam, a tensão no comitê também crescia, revelando não só a fragilidade das alianças, mas também a urgência de encontrar um consenso que equilibrasse desenvolvimento econômico e proteção ambiental, um objetivo almejado por muitos delegados.


A Finlândia aproveitou o momento para criticar a "hipocrisia" de alguns países, afirmando que as atividades no Ártico deveriam ser sustentáveis. Contudo, a pergunta que pairou no ar foi: essa fala seria apenas um discurso retórico para justificar a exploração econômica, especialmente em meio à crescente competição por recursos na região?


Um ponto importante a ser destacado foram os cinco noticiários que interromperam o cronograma de debates para relatar os eventos que levaram à crise no comitê. Isso desestruturou os delegados, muitos dos quais demonstraram falta de compreensão sobre a gravidade da situação, mesmo sendo diretamente impactados pelos ataques.


A crise em questão foi desencadeada por uma série de ataques terroristas organizados pelo grupo Jregnoui, que luta pela independência da Groenlândia. Os ataques atingiram escolas e um hospital na Dinamarca, a sede do Conselho do Ártico, onde o comitê SPECPOL estava reunido, e também a sede da ONU em Nova York. O episódio culminou com um vídeo do líder do grupo explicando os motivos dos atentados.


Após esse desfecho, os delegados foram direcionados à conferência de imprensa, onde nossos repórteres questionaram países cujos posicionamentos no comitê contrastavam com a forma como suas nações realmente lidam com os temas discutidos. Subindo ao palco para expressar sua insatisfação quanto a atuação da imprensa, a Delegação Russa iniciou sua fala sendo ovacionada pelas demais delegações e por fim recebendo ataques diretos por toda a sua "hipocrisia", como ressaltado pelas delegações do Estados Unidos, Dinamarca e Coreia do Norte.


O que foi evidenciado nesse primeiro dia é que se é possível identificar delegações destaque, enquanto outras seguem dormindo no ponto. Esperamos que amanhã todos sejam mais participativos.


Finalmente, espera-se que os delegados consigam resolver os enigmas da crise e alcançar um consenso. Caso contrário, o grupo terrorista ameaçou que todos serão bombardeados, e não haverá mais comitê. Além disso, vale lembrar que os delegados ainda têm a agenda a cumprir, mas parece que isso não é prioridade para alguns, não é mesmo, senhores delegados?


Obrigada pelo tempo de vocês :)


Até amanhã, delegados! Com os mais sinceros cumprimentos,


Assessoria de Comunicação - Analistas Internacionais

Por: Isabelle Neves dos Santos Andrade

Curadoria: Géssica Lima e Victor Hugo Batista

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